domingo, 27 de junho de 2010

Entrelinhas...

Entendo que não é fácil compreender a alma de outra pessoa.
O grau de dificuldade se acentua se o indivíduo for do sexo feminino.
Entretando, se a mulher for de personalidade melancólica, siga o meu conselho: desista, pois nem mesmo ela se compreende.

sábado, 26 de junho de 2010

O CONFLITO

Penso que, quando Deus criou a mulher, colocou na receita tantos ingredientes que causou uma reação química irreversível , complexa e premeditada.


Misturou tantos elementos diferentes que, não fosse Ele mesmo ter determinado as propriedades de cada um, a grande explosão não teria acontecido.


Fora proposital?


Quisera mesmo Deus esta explosão?


Como boa cristã que sou, acredito que Deus sabia exatamente que estava criando o mais absoluto caos em apenas um corpo.


Com certeza usou premeditadamente cada cadeia de carbono.


Ponderou toda a Biofísica antes de determiná-la.


Determinou cada tipo de ligação entre as moléculas, cada tipo de célula de cada tecido. Cada tecido de cada órgão. Cada neurotransmissor, cada sinapse... e, em cada sinapse uma nova explosão.


O mistério de tudo seria o porquê que, mesmas sinapses em diferentes corpos (masculinos e femininos), comportam-se tão inusitadamente.


Algum problema nos receptores pós sinápticos dos homens? (ou das mulheres?)...


O fato é que Deus fez, por algum motivo, este ser complexo chamado mulher.


Organismo biomolecularmente idêntico ao masculino, mas comportamentalmente diferente.


Caberia a nós compreender?


Talvez compreender certas coisas não esteja ao nosso alcance.


Mas refletir é sempre bom, pois , mesmo sem respostas, é impossível uma mente permanecer na mesma inércia de antes, uma vez que clamou pelo primeiro por que.


Podemos não chegar às conclusões, mas a reflexão nos leva sempre a novas terras.


Longas viagens sem fim...
 
Eloisa Rocia

sábado, 19 de junho de 2010

Um norte para mim...


Os dias passam e nem sei mais

Por onde ir, em quem confiar
A quem recorrer 
O que dizer
Neste mar sem fim


Quando acordo com este aperto
Fico certa do que não estou fazendo
e, sem saber o que não estou cumprindo,
Sigo assim


A tristeza de quem deve
Sem saber o quê,
sem saber a quem.


Já se passaram 32 anos
E eu ainda não sei:
O que queres de mim?
Por onde seguir?


Piedade, Senhor, que eu já não posso mais!
Correr sem ter por que
Seguir sem ter um norte.
ELOISA ROCIA

sexta-feira, 18 de junho de 2010

NOTÍVAGA


Há de ter um lugar para mim

Um dia, uma missão, algo novo

De novo

Mas sem fim,

Sem desastre, sem frustração.

Há de ter

Nalgum lugar

Um conto pra me deixar

De coração sossegado

Sereno

E sem frio

Sem medo

Um canto prá aquietar

Esta palpitação que há

Este caos que invade

Não cessa

Tem de haver

Uma alma pura

Uma mente sã

Uma missão possível prá mim

Que sou dispensável

Que sou igual a tantos

Comum

Sem dons, sem inteligência...

Sem morada definida

Sem jeito de fazer, de falar,

Eu que não amo

E penso que sou

Sem ser

Penso que sei

Sem saber

Deve haver

Um lugar para mim

Algo novo

De novo

E sem fim.

Eloisa Rocia