Desenho escarlate no chão branco
Chão de doçura que outrora,
Há vinte anos, fora engatinhado por ele
Há dez anos, riscado pelas rodas do skate
Madrugada
Vazio
Silêncio profundo
Corpos dormindo em suas camas
Pela vizinhança
Enquanto um desenho de sangue
se forma,
Aumenta,
Toma formas abstratas
E assustadoras.
Nenhum som.
Ele: caído
Sangrando
Jogado
Uma arma ao lado.
Ela: agora aqui
Chorando.
Abraça o corpo sem vida do filho.
Diz loucamente: “eu te amava”.
Tarde demais.
O abraço veio tarde.
O “eu te amo” também
Eloisa Rocia
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Olá, amiga, amigo...
Espero que tenha gostado do blog e que volte muitas vezes neste espaço!
Abraço!
Eloisa