quarta-feira, 10 de março de 2010

VENTRE MATERNO


Ventre tranquilo
proteção
sonhos e sons que não posso compreender.
Ando quando tu andas,
vou onde vais.
Sinto o que sentes,
choro se tu choras.

Me embalo neste abraço,
neste laço,
que nos une,
que nos ata,
quem dera prá sempre assim fosse!

Se te alimentas, me alimento.
Em tudo preciso dos teus atos.
Se fico agitado às vezes,
é prá lembrar-te que estou aqui!

Aqui é bom!
Tu me dás toda a atenção,
mesmo sem querer:
estamos ligados e, para mim, só existe você!

Meu referencial!
Meu sopro!
Meu contato com a vida!

Neste teu ventre
(meu mundo)
Posso sentir toda a dor que sentes,
(embora eu ainda não saiba o que isto vem a ser).
Sinto umas palpitações,
e um aperto na garganta quanto te agitas...
mas ainda não sei o que isto é.

Sou grato por tudo.
Por me deixar morar aqui por algum tempo.
Por me protegeres dos ladrões e,
especialmente,
sou grato quando me acaricias
e conversas comigo.
Estes são os meus melhores momentos,
mamãe!

ELOISA ROCIA

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